A Fazenda - Sonhos 7x06: Motivation

 Era dia de prova. Major fez sua equipe acordar ás seis da manhã, para darem voltas no lago, houve muitas reclamações, mas ele estava de pé desde ás quatro... Ravi perguntou se ele tinha algum tipo de relógio impregnado na cabeça, Major explicou que não era tão difícil assim, mas Ravi sequer prestou atenção, estava com sono demais.

“Caralho! Nem posso mais dormir em paz” gritou Natália para Major e provavelmente acordou mais gente.

“Estou amando! Somos tipo um grupo secreto” Polly disse animada demais. O Padre quis saber que café ela tinha tomado, e lá começa Polly contando que na verdade não tinha dormido, já que passou a noite inteira planejando o futuro dela com Klebber e que também já estava acostumada a acordar quando o galo cantava...

“Certo, já chega.” falou Major, mas Ravi e Massimo disseram que Polly estava exagerando e a aconselharam a ir com calma. Natália fala que Polly era uma trouxa em se fixar com um cara logo no começo, pois a casa estava cheia de homem gostoso e que logo ela iria querer provar. “Você não tem um namorado?” perguntou o Padre, e Natália diz que terminou assim que entrou para A Fazenda, desse modo ela poderia fazer qualquer coisa e não seria traição.

“Esses jovens de hoje em dia” suspirou o Padre.

“Falou o ancião” diz Natália sarcástica. Polly não sabia o que era aquilo, e Ravi se deu o trabalho de explicar. Eles bateram papo enquanto corriam, e acabou em discussão entre Natália e Ravi sobre vacas serem ou não sagradas. Major logo percebeu que não iria se acostumar tão fácil com sua equipe, eles conversavam demais, então fez todos pagar 20 flexões, se reclamassem era 40.

 Com o tempo os demais peões iam levantando, e Felipa foi a primeira que achou completamente exagerada essa atitude do grupo Fogo, e Major era um soberbo e hipótese alguma ele poderia obrigar uma mulher a fazer algo que ela não queria. Barbie pediu para a amiga relaxar, pois Pitanguinha claramente sabia se defender sozinha. Babi perguntou se elas também não deveriam estar se preparando para a prova como eles, e Felipa, como uma jogadora profissional, garantiu o equilíbrio de tudo estava na mente o corpo é apenas um condutor, por isso seria melhor relaxar do que se desgastar. Tereza ouviu e propôs que todas elas fizessem ioga e Pablo com certeza poderia arrumar uns aromatizantes.

“Não contem comigo” avisou Luz e foi tomar café com Klebber, e perguntou logo de cara o porquê o peão estava ficando com a caipira.  

“Ela disse que ficamos bem juntos, então... Pareceu certo”. Diz Klebber. Luz revirou os olhos achando aquilo uma breguisse sem tamanho. Em seguida ela perguntou para Klebber o que os demais estavam pensando sobre Tereza depois daquela gritaria toda. “No mínimo estranho. Polly mesmo, achou que Tereza está endemoniada” falou Klebber, e Luz viu que seu plano surtiu um efeito, mas seria o suficiente?

 Tudo corria perfeitamente bem com os grupos. O Fogo focava no físico, a Água na mente, e a Terra nem um e nem outro.

“Sério, somos uma vergonha” falou Dr. Kenji, para Dita que amarrava Maria Chiquinha no cabelo de Tom. Kenji se sentia no meio de um grupo mais desunido que participou na vida, preferia mil vezes sua equipe cirúrgica a aquele grupo. Dita estava nem aí, já tinha avisado que seu mantra era a água.

 Kenji caminhou pelo acampamento, até encontrar Pablo trabalhando em suas runas mágicas feita com madeira.  “É para guardar nosso sono, nos guiar pelo caminho certo...” falou Pablo explicando uma á uma. Kenji não acreditava em nada daquilo, não era adepto á crença nenhuma, e a ideia que estava crescendo na sua mente era simplesmente ridícula e humilhante. Mas que opção ele tinha? Não custava nada Pablo fazer algo que os ajudasse a vencer, com essa loucura que ele chamaria de feitiço.

“Isso seria trapaça e antiético” diz Pablo, mas Dr. Kenji era bom em persuadir e conseguir o que queria. Em minutos fez Pablo duvidar se trapaça era mesmo trapaça e ninguém acreditaria se Pablo confirmasse um possível feitiço mesmo. Pablo concordou não querendo concordar.

 Horas depois, eles receberam os trajes para a prova: as meninas usariam maiô e os garotos calções, cada um com a cor da sua equipe. Babi perguntou a produção se poderia usar um shortinho por cima, e a produção autorizou.

“Pra quê isso? Todo mundo aqui sabe que você é uma farsa. Você não é uma mulher de verdade” disse o Padre Massimo. Aquilo mexeu com Babi de tantas maneiras, ela tinha evitado ao máximo qualquer tipo de interação com o Padre, porque sabia que seria ferida assim. E agora estava atordoada, foi pega desprevenida e nem sabia o que responder. Mas Dita respondeu por ela.

“Ela é uma mulher e não interessa o que a sua fé diz. Se falar com ela assim de novo, eu mesma vou te processar por transfobia e se a justiça não cobrar de você, eu e minhas amigas vamos. Vai preparando o galão de gasolina aí fora Gazela”. Disse Dita. Ravi chamou o Padre para não estender uma discussão. Massimo saiu, mas deixou claro que essa conversa ainda não tinha acabado. “Pois trate de acabar com merda logo de uma vez, mas do jeito certo”. Gritou Pitanguinha visivelmente irritada com o Padre.

“Obrigada” falou Babi dando um abraço aquecedor em Dita, que diz: “Vista como você se sentir melhor”.

 As equipes se posicionaram para a prova. Cada membro por vez deveria atravessar o lago numa espécie de prancha, escalar um tronco até o topo e pegar um tubinho que estive com o seu nome. Ganharia a equipe em que todos os integrantes pegassem os tubinhos primeiro. Eles poderiam atravessar o lago nadando ou remando, mas teriam que levar e trazer a prancha.

“Vamos esperar só mais um pouquinho, a Babi ainda não chegou” falou Barbie aflita. Ela estava pronta para ir buscar Babi de qualquer jeito, mas a peoa já atravessando o píer.

 Babi andou imponente e poderosa. Sem shortinhos e com asas de borboletas grudadas no maiô azul. O vento fez um ótimo efeito no cabelo, a fez parecer uma fada que saiu de um desenho animado. Os peões a aplaudiram e assoviaram. Barbie correu para abraçar a amiga e dizer que estava muito orgulhosa. Babi desfilou em frente aos grupos, e fez uma quebra de quadril quando passou pelo Padre. Ela fez questão de encara-lo e deu as costas.

 Foi dada a largada, Major, Tom e Felipa foram os primeiros. A disputa ficou bem acirrada entre os três, em seguida foram Massimo, Kenji e Barbie, mantendo o mesmo ritmo. Depois foram Natália, Pablo e Luz. Seguidos por Polly, Dita e Babi. Polly se atrapalhou toda e ficou girando na prancha, seu grupo gritou para ela começar a nadar e assim ela fez. Coube a Ravi tirar a diferença, parecia impossível alcançar os outros, mas ele estava conseguindo nadando o mais rápido que podia até ultrapassar Tereza e disputar com Klebber. Kenji olhou para Pablo em alerta, o peão sabia o que aquilo significava. Pablo começou a sussurrar feitiços sem parar, e os gritos de Ravi ligeiramente abafados pela água o fez parar.

 “O que você fez?” perguntou Kenji descrente.

“Não fui eu. Eu juro. NÃO. FUI. EU!” respondeu Pablo aflito demais.

 Klebber chegou em primeiro, e logo voltou para ajudar Ravi, Major e Massimo fizeram o mesmo – mas não podiam interferir. Ravi subiu na prancha com as canelas latejando com a câimbra. Ele usou os braços como se estivesse surfando, Massimo e Major o incentivavam e assim disputou o segundo lugar contra Tereza, e acabou vencendo.

 Os peões mal comemoraram, foram ver se Ravi estava bem, e ele disse que já tinha passado, o susto faz parecer desesperador, mas que tudo foi muito estranho e de repente.

 “Não precisamos criar um drama em cima disso” falou Kenji e depois chamou sua equipe para uma comemoração. O grupo Terra tinha vencido. Tom ficou bastante surpreso, saiu de fininho e foi dizer para Felipa que lamentava o água ter perdido, pois estava torcendo pelas meninas também. Felipa agradeceu, e dava para ouvir Tereza implorando desculpas, ela se sentia culpada por sua equipe ter perdido. Barbie e Babi abraçaram a peoa e falaram para ela não se preocupar. Felipa se despediu de Tom e foi dar apoio a Tereza. Tom ficou a olhando, a admirando como Felipa tinha uma presença tão natural e mal notou que Klebber o chamava.

“Eu estou tão feliz por nós dois” falou Polly para Klebber, que se assustou com a peoa pulando na sua cintura. Ele teve de fazer força nas pernas para não caírem os dois no chão.

 Mais tarde os peões são avisados que o grupo Terra e o Fogo estavam imunes nessa primeira roça, e os integrantes do Terra disputariam o cargo do Fazendo. O Grupo Água e os moradores da baía estavam mais próximos das eliminações. Á noite todos eles iriam, de fato, para A Fazenda.

⧪