A Fazenda - Sonhos 7x44: Black Dragon

 Carol e Klebber chegaram juntos e de mãos dadas á Sede. Mal houve comemoração pro por parte dos outros peões, a não ser pela Mamão e Kenji. Carol agradeceu o carinho dos dois, e Mamão toda emocionada começou a chorar, o medo de perder sua amiga ali dentro grande. Carol segurou firme as mãos da funkeira e prometeu que as duas chegariam juntas na final. Kenji se sentiu meio excluído.

 Enquanto isso, Klebber andava entre a cozinha e a sala a todo o momento agradecendo ao Brasil. Babi sentiu que Klebber estava se isolando e foi dar um abraço longo e carinhoso no peão. Ele começou a chorar, e Babi pediu para que Klebber não ficasse triste e que poderia contar com ela pra qualquer coisa. Nisso, a câmera focou no rosto de Luz e em seguida a ruiva comenta com Tom que desejava a eliminação de Klebber, mesmo que Tereza fosse uma lunática digna de hospício, ainda assim era melhor do que gente ingrata. Tom concordou em tudo. Klebber percebeu que os dois falavam dele e gritou para a casa toda escutar:

 “CHUPAAAA! VÃO TER QUE ME ENGOLIR. QUEREM ME DERRUBAR? ENTÃO SENTEM NO BANQUINHO LÁ DA ROÇA E VAMOS VER QUEM VOLTA.”

 “Com certeza não vai ser você. O pouco de relevância que você tem aqui é por minha causa” falou Luz mexendo com o cabelo. Tom ficou de cabeça baixa, enquanto Babi levou Klebber para o quarto para ajuda-lo a desfazer as malas.

 Major convocou todos os membros de sua equipe, menos Carol, pois para ele a peoa não fazia parte do grupo, e foram até a casinha da árvore para terem uma conversa privada. Major estava revoltado com o retorno de Carol, assim como Natália, e mandou que os peões ficassem espertos com Carol na prova dos grupos, porque com certeza ela iria sabota-los. Massimo disse que isso não parece o perfil da peoa, já que ela é competitiva, mas Polly lembrou que Carol só quer proteger a Mamão, então não vai ser surpresa nenhuma se Carol os sabotasse para ajudar Mamão e o grupo Terra.

 Major, Natália e Massimo ficaram boquiabertos enquanto Polly explicava tudo direitinho.

 “Desde quando você ficou esperta desse jeito?” perguntou Major, pasmo por ter concordado com alguma coisa que saiu da boca de Polly.

 “Ah, eu tô tomando leite de égua” respondeu Polly.

 “Não tem égua aqui” disse Massimo arregalando os olhos e tentando entender. Natália começou a gargalhar e Polly chegou à conclusão de que não fazia a menor ideia do que bebeu.

 Na varanda estavam Mamão e Carol, abraçadas no sofázinho. Carol percebeu que foi excluída de outra reunião, mas não ligava e já contava que seu próprio grupo votaria nela até que ela saísse.

 “Amiga, estou preocupada. Você os chamou de burros no ao vivo, todos ficaram com cara de tacho” dizia Mamão.

 “E eu menti? São burros mesmo. Eles poderiam ter muito bem se juntado com o grupo água e colocado qualquer um do Terra. Poderiam até te indicar e iria nós duas juntas. Mas você acha que esse povo têm visão? É um bando de amadores isso sim. E o mais irônico é que o Major enche a barriga para falar que o fodão, mas é mais burro que uma porta.” Falou Carol revoltada.

 Na manhã seguinte, Babi, Barbie, Kenji, Massimo e Tom foram prestar homenagens para Tereza. Eles colherem flores e foram para a Oficina, onde disseram o quanto Tereza era especial para eles, falaram que a amavam muito e torciam por ela. Kenji lembrou que Tereza já tinha uma consulta marcada com ele, e prometeu um belo desconto. Tom lhe deu uma cutucada, e o doutor engrossou a voz para dizer que o procedimento seria grátis. Logo após eles jogaram as flores para cima, era para ter parecido como uma “chuva de pétalas”, mas dava para fingir que tinha sido bonito.

 Major foi reclamar o porquê tinha um monte de gente sem fazer nada, e Massimo pediu para o peão não brigar com ninguém, porque foi ele mesmo quem reuniu todos para fazer essa homenagem a Tereza, por saber como ela se sentia. Major pareceu ser mais compreensível depois que o Padre falou, e os deixou em paz.

 Em seguida os peões foram trabalhar. Kenji criticou o desleixo que Barbie estava, e disse que de desleixado nessa casa já bastava o Tom. Barbie disse que estava tentando um visual novo, e Kenji disse para a peoa tentar outro, porque com esse parecia que ela era casada há anos, teve um monte de filho, tudo catarrento, e provavelmente chifruda.

 “Tadinha Kenji. Ela é linda de qualquer jeito” disse Babi pegando algumas rosas do chão e indo colocar no cabelo de Barbie. Kenji se desculpou pela brincadeira infeliz, apesar de não ter mentido. Tom pegou o peão pela cintura e o levou para bem longe das peoas antes que piorasse a situação.

 Barbie não ligava. Ele mesma se sentia feia, descartável e provavelmente merecia qualquer tipo de xingamento. Barbie mal notou que chorava. Sentiu Babi limpando seu rosto, brincar com o seu cabelo cheio de flores. Barbie pediu para Babi parar, e tirou todos os enfeites de seu cabelo. Babi pediu para Barbie contar o que tinha acontecido, pois tem uns dias que ela estava muito estranha, triste, cabisbaixa e não gostava nem um pouco de vê-la assim.

 “Amiga, confia em mim. Foi o Major? O que ele fez com você?” insistiu Babi. Barbie gritou que não era culpa de ninguém, além dela mesma e pediu para que Babi parasse com isso, senão elas deixariam de ser amigas. Barbie saiu. Babi não podia ficar quieta, ela tinha que fazer alguma coisa.

 Depois do almoço, Babi foi falar com Massimo. Ela disse que sabia que o Padre não gostava dela, mas precisava pedir um favor: que ele conversasse com Barbie, porque ela precisava de ajuda e não sabia mais o que fazer. Babi começou a chorar e soluçar.

 “Por favor. Não é por mim, é pela Barbie” disse Babi entre choro. Massimo retirou um lenço de seu bolso e passou para a peoa se limpar.

 “Vejo que você gosta muito dessa garota. Nunca vou entender como e nem porque, mas fica calma” dizia Massimo. O Padre fez uma pausa, parecia indeciso, incerto. Mas sabia que ninguém deveria ter uma visão errada do que ele era. Massimo abraçou Babi, esfregou suas mãos nas costas da peoa, que debruçou em lágrimas no seu ombro. “Não odeio você. Posso não concordar, mas não te odeio” disse Massimo.

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