Capítulo 5: Don't Care

 A aula com a Zootecnista foi pratica ao levar o grupo de peões a cada seção com os animais. Nesse ano eles cuidariam de vacas, cavalos, ovelhas, aves, porcos, lhamas e a cada semana teria um animal surpresa pra eles cuidarem, além das obrigações com a horta e o lixo. No final a Zootecnista perguntou se entre os peões tinha alguma dúvida remanescente e Cida foi à única levantar a mão, e pergunta se poderia tomar leite direto da teta da vaca. “Se não se importar em levar uma punição..” responde a Zootecnista fazendo uns peões urrarem pela tirada que Cida recebeu. Após o caso, ela despensa os peões e pedem para eles voltarem pra suas respectivas casinhas.

 Já na sede Zeus lamentava por eles não terem tempo suficiente de conhecer o povo do Celeiro e que mal deu para decorar os nomes deles. “Eu decorei o da Cida. Ela mandava umas piscadinhas pra mim toda hora”. Dizia Yuri com a cara lerda. “Essa daí piscava pra todo mundo na verdade, até pra Mary eu vi ela piscando” dizia Paulo rindo, e Mary fez questão de não responder pois estava de mal com o peão. Enquanto isso Clarissa e Rocco colhiam folhas de louro pra fazer um chá milagroso recomendado por Safira. “Espero que isso ajude mesmo. Não aguento ir no banheiro a cada meia hora e só cag...” “Cara, eu não preciso saber o ciclo do seu cocô” interrompe Clarissa dando risada antes que Rocco falasse demais.

 Em seguida Rocco dá a mão pra Clarissa se levantar, que fica lisonjeada e interpreta uma Lady dos anos 60. “Se precisar de mim, é só dar um grito” diz Rocco passando as folhinhas que recolheu. Clarissa percebeu na hora que ele pegou as folhas erradas, não eram de louro e sim de pimenta, mas preferiu não comentar nada, afinal o que valia mesmo era o esforço. Clarissa entra pra cozinha, e Rocco entra na piscina – onde Felipe estava há um tempinho praticando mergulho – para se refrescar um pouco. “Você está ficando caidinho por ela” provoca Felipe. “Quem? Clarissa? Amizade entre homem e mulher existe aos montes” rebate Rocco dando um sorriso com o canto do lábio.

 “Ela te fez usar biquíni. Pra mim fantasias sexuais já é status de relacionamento sério” diz Felipe. Rocco achou graça e jogou um tanto de água no rosto de Felipe que faz a revanche e depois começam a brincar subindo nas costas um do outro. Na cozinha, Karol e Zeus ajudavam Clarissa a cozinhar e de quebra já fazia o chá. Clarissa acaba contando que ultimamente anda tendo uns papos legais com Rocco e que ele não é um brucutu como achava. “Você perdoou ele mesmo, né?” questiona Karol com uma cara de desdém. Clarissa nem percebe, mas Zeus sim e diz: “Ele é gente boa, devia conhecer ele melhor Karol. Vai te fazer bem”. Karol ri e pergunta o que Zeus ganhava falando bem de Rocco. Zeus não respondeu.

 O almoço ficou pronto e Clarissa chamou os rapazes que estavam lá fora. Felipe e Rocco saem da piscina molhando a casa, estressando mais ainda Karol. Wanderson ignora e se despendura no parapeito do deck para ficar fumando, seus pensamentos estavam tão longe que nem notou Mary chegar e se acomodar no sofázinho do lado. “Rapazinho não acha que é muito novo pra fumar? “ questiona Mary, Wanderson não reponde porém manda outra pergunta: “O que tá fazendo aqui?” “Não vou almoçar na mesma mesa que o Paulo. Quero que ele sofra sem a minha presença”. Responde a socialite.

 “Está sendo ridícula se portando como uma criança de 5 anos.” Rebate Wanderson e tenta sair de mansinho porém Mary vai atrás de Wanderson até o banheiro cobrando que ele se retrate e querendo saber quem era ele pra falar assim com ela. O peão nem faz questão de responder mais, só bate a porta na cara de Mary que fica chocada. Mais tarde lá no Celeiro os peões o castigo da semana, que todos os residentes do celeiro deveriam fazer, e para estrear a primeira missão era de que eles deveriam confeccionar um espantalho com os materiais que a produção enviou.

 Bastante empolgados com a atividade, Yoshie foca na costura do espantalho, os gêmeos amarravam os paus, Roni cortava a abobora que seria a cabeça, Safira desenhava, Marina fez questão de cavar o buraco e os demais ficavam no enchimento com palha. Joana reclama que Marina estava fazendo corpo mole e pede para João tomar a enxada dela, porque isso era serviço para homem e Marina estava pagando de ridícula. “João não vai fazer nada. E você para de procurar confusão, por que vai achar e não vai ser só com a Marina, mas comigo também.” Adverte Vera. Joana repete a frase de Vera fazendo deboche e depois deixa claro que Vera não era mãe de ninguém ali.

 Cida não cansava de dizer que queria tanto ir pra sede, pois lá estava um paraíso de homem gostoso. Tyler fica visivelmente enciumado e manda Cida dar pra todo mundo logo. “Pois eu vou dá mesmo. Tá achando ruim? Problema seu meu bem, cara feia pra mim é reflexo”.  Tyler lhe mostra o dedo do meio e pra ela se f*der e vai buscar consolo a Thales que manda ele se virar com isso. “Tadinho do Thales, Cidinha. Você não pode partir o coração dele assim” diz Roni e Cida sobe numa cadeira pra dizer em alto e bom tom: “Eu Cida de Jesus, diante de vocês meus irmãos e irmãs aviso que não sou de ninguém, mas tomo mundo me pertence”. 

 No final, eles se sentam ao redor do espantalho admirando o trabalho feito. João fala que queria dar o nome de Seu Bento pra ele, os demais acabam aceitando e depois Cida com um copo d'água, que ela mesma ungiu, abençoa o espantalho pra ele afastar não só os bicho ruim, mas também os pensamentos maus e toda energia negativa. Safira se diz espantada com as boas palavras da peoa. Logo mais os peões começam a se preparar para a prova do Fazendeiro, e Marina decide passar argila no rosto fazendo sinais de batalha. Joana debocha da peoa dizendo que ela parecia uma porca suja, e as duas voltam a trocar farpas. “Pelo visto o Seu Bento não tá adiantando muito” diz Safira.

PROVA DO FAZENDEIRO: Como já combinado, apenas os peões do Celeiro teria a oportunidade de realizar essa prova. Por isso Cida, Joana, João, Marina, Roni, Safira, Thales (representando a dupla), Vera e Yoshie estavam no campo de provas. Cada um deles entrou numa gaiola quadricular, perante sua própria raia. O desafio era fazer a gaiola chegar na outra extremidade da raia, no menor tempo possível. O pior tempo de cada rodada saia do jogo, mas eles poderiam desistir caso não resistissem ficar dentro da gaiola. Mion diz para eles prestarem atenção no sinal sonoro porque era que daria a largada.

 A primeira rodada foi liberada, e os peões viram que não era tão fácil quanto pensavam já que precisam de esforço físico pra mover a gaiola pesada, e precisava de espaço para se mover de dentro e fazer a gaiola tombar. Marina foi a primeira a perder, e Mion pede para ela retornar ao Celeiro. Marina volta reclamando que essa foi uma prova feita pra homem ganhar.

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