Capítulo 33: Stranger no Stronger

 O Sol estava se pondo, quando Mary e João foram até o espantalho, como prometido. Mary trocou as roupas do tal “Seu Bento” numa falsa casualidade, mas sem perder o sorriso do rosto. Ela apreciava cada momento com João, e nutria um carinho enorme por ele, então esse sacrifício de virar amiga do espantalho valia o esforço. “Será que a Yoshie está gostando? Sentindo falta?” perguntou João. “Olha, não sei. Mas provavelmente ela já deve estar agarrada com outro” disse Mary, deixando João espantado. “Mas, Zeus disse que ela iria me esperar” “Eu sou mulher e sei exatamente o que se passa na cabeça da Yoshie” fala Mary terminando com o boneco de palha.

 Mais tarde chegaram os figurinos para festa, estilo Velho Oeste. Yuri se maquiou com uns produtos que havia pegado de Karol, e depois insistiu pra fazer o mesmo em Wanderson, que reclamou estar exagerado na primeira pincelada. “Fofo, quando se trata de brilho, mais é mais!” diz Yuri segurando o rosto de Wanderson pra ele não fugir. Rocco vestia sua calça e a sentiu apertada demais, ele quis trocar com Felipe, mas Zeus não deixou. “Seu bumbum está redondamente perfeito nessa calça” diz Zeus, Rocco se sentiu lisonjeado e com uma piscadinha, disse que Zeus estava reparando demais.

 Dava para fazer muitas coisas no bar do Velho Oeste. Cantar, dançar, strip tease, contar piadas, tiro ao alvo, jogar sinuca e até montar um touro mecânico. Mas Clarissa não estava afim de nada, as bebidas estavam atraente demais e ela só queria mesmo era encher a cara, bebia vodca como se fosse água. Rocco sempre ficava por perto da peoa, a todo instante perguntando se ela estava bem, Clarissa dizia que estava ótima ao mesmo tempo em que achava que tinha 6 dedos em cada pé. E a festa seguiu normal, com Mary seguindo João pra onde ele ia, e Yuri tirando a roupa pra montar no touro.

 Wanderson nunca foi de curtir festas, preferia beber e fumar quieto no seu canto. Felipe sentou ao lado dele, e começou a bajula-lo para que Wanderson subisse no palco e cantasse para que todos vissem o quão bonita era a voz dele. “Não sou do tipo que gosta de chamar atenção” diz Wanderson, enquanto Yuri corria com papel higiênico enfiado na bunda. “Me pergunto como você consegue ser amigo dessa cara” fala Felipe apontando pra Yuri, e Wanderson diz que Yuri fazia todo o trabalho. Yuri os abraçou por trás e diz: “Não tem problema, eu canto pra vocês dançar agarradinhos” ele subiu no palco e cantou “Solidão”.

 Felipe e Wanderson trocaram olhares como se dissessem “quer mesmo fazer isso?” Wanderson sorriu, mas preferiu chamar Mary pra dançar. “Que gentil da sua parte” fala Mary, mantendo os olhos em João e vez ou outra pisando nos pés de Wanderson. “Vejo que alguém não está se divertindo como devia” diz Vera dando uma bebida para Felipe. Felipe recuou como se Vera tivesse insinuado algo. Vera riu, se sentou ao lado dele, chegou perto do ouvido e diz: “Quero conhecer você melhor”. Felipe pareceu refletir, “Ok” ele disse. Vera colocou sua mão nas coxas dele, e disse que eles teriam muito o que conversar.

 A pista de dança dessa vez foi tomada pelos rapazes – com Mary pulando no meio deles – Yuri e os gêmeos tentaram ensinar uns passos de funk pra Paulo, eles riram dele, que se sentiu constrangido e foi jogar sinuca sozinho. Eles fizeram Spinner com bebida, e depois foram pular na piscina. Os gêmeos e João inventaram de brincar de galo de briga, e Mary insistiu pra ser a dupla de João e montar nas suas costas. A brincadeira acabou com Mary quase se afogando de novo, e os peões se reunindo na piscina pra terminar a festa.

 Mas Rocco não deixou Clarissa entrar, e ficou com ela balançando na pista de dança. Clarissa estava triste, porém carinhosa. Ela ficou passeando os dedos no rosto de Rocco, achando engraçado e depois deu uma mordida no queixo dele. Rocco se arrepiou por inteiro, e Clarissa confessou que queria beija-lo, e depois rindo como uma loca, disse que a bumbum do Rocco estava perfeito. Num passe de magica Clarissa ficou carinhosa de novo, o abraçou e ficou cheirando o cangote de Rocco. “Melhor não, você está bêbada” diz Rocco se desfazendo do abraço dela.

 “Você é péssimo. Você é uma pessoa ruim, e agora eu não quero mais falar com você” disse Clarissa colocando o dedo na boca de Rocco, e cambaleando pra ir embora. Thales a ajudou, e em seguida a festa tinha acabado. Clarissa deu trabalho no Celeiro, ela ficou dançando com a vassoura, pegou um dos chapéus de Mary e colocou na lhama, e depois ficou gritando que sentia saudades da Joana. Thales colocou a peoa pra dormir, mas ela acabou vomitando, e depois queria voltar pra festa e falar um monte de verdade na cara do Rocco. “Quem recusa uma mulher gostosa como eu?” disse Clarissa antes de desmaiar.

 Na manhã seguinte, Clarissa estava deprimida cobrindo o rosto com um capuz, sentada num banquinho na área dos animais. Ela pediu desculpas para todos, e diz que estava ciente do mico que pagou e pediu pra Thales nunca mais deixa-la chegar perto de qualquer bebida. Na Sede, Felipe falava pra Paulo que a “coroa” tinha dado em cima dele na festa. “Você não vai ficar com a Mary” diz Paulo, e Felipe logo explicou que estava falando de Vera. Paulo fez cara de nojo e diz que ficar com velhas é se rebaixar demais, e Felipe diz: “Foi o que restou. As boas saíram tudo”.

 Roni e Zeus se responsabilizaram por recolherem os figurinos. Yuri estava péssimo, e mesmo assim disse que a festa foi horrível e que estava sentindo que tinha virado virgem de novo. “Tá todo mundo na seca, filhote. Mas Rocco foi besta em não ter aproveitado” provocou Paulo. Rocco revirou os olhos e diz que nunca ficaria com uma mulher bêbada, que isso era uma questão de princípios. Paulo desconversa falando que isso era coisa de baitola, enquanto Zeus disse que Rocco estava sendo fofo, e brinca dizendo que iria embebedar Clarissa todo dia.

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